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Inspeção de qualidade em fábricas no exterior: o que todo importador precisa saber

No cenário a cada dia mais globalizado do Comex, importar produtos diretamente de fábricas no exterior proporciona grandes oportunidades, com custos mais acessíveis e competitividade.

Nesta empolgação, muitos importadores brasileiros esquecem de analisar os riscos, principalmente quando o assunto é a qualidade das mercadorias.

Por isso, existe a Inspeção de Qualidade em fábricas estrangeiras. Uma ferramenta que se tornou indispensável para empresas que desejam garantir que seus produtos atendam aos padrões exigidos.

Inspecionar antes de Importar

Um dos principais desafios da importação é a distância entre o comprador e o fornecedor. Ao contrário de uma compra local, o importador, muitas vezes, não tem contato direto com a linha de produção.

Ou seja, mal sabe o que se passa por lá, na China, na Índia, na Europa ou nos Estados Unidos.

Portanto, assumir o risco aumenta a vulnerabilidade, com maiores chances de falhas de fabricação, uso de matérias-primas de baixa qualidade e, até mesmo, o descumprimento de especificações técnicas previamente acordadas.

Até porque, quando a mercadoria chega ao Brasil e dependendo do produto, a carga será inspecionado por órgãos e/ou entidades regulamentadoras, como INMETRO, ANVISA, entre outros.

Ou seja, a inspeção atua como um filtro de segurança. Assim, garantindo que os lotes fabricados realmente correspondem ao que foi contratado, que prejuízos logísticos com devoluções ou multas aduaneiras sejam evitadas e, não menos importante, que a reputação da sua marca seja preservada no mercado.

Produtos que exigem maior atenção

Embora a inspeção seja recomendada em qualquer tipo de importação, há segmentos em que ela é, praticamente, obrigatória.

Imagine importar um lote de brinquedos e descobrir, já no Brasil, que eles não atendem às normas de segurança. Ou, receber centenas de eletrônicos com defeitos de fabricação, prontos para gerar devoluções e/ou reclamações.

Situações assim não apenas aumentam custos, como também afetam diretamente os negócios do importador brasileiro. Veja casos fundamentais para a precaução:

• Brinquedos infantis: além da questão de qualidade, no Brasil, existe o cumprimento de normas de segurança estabelecidas pelo INMETRO;
• Eletroeletrônicos: falhas de fabricação em peças, como placas, cabos ou carregadores, podem gerar acidentes ou grandes taxas de devolução. Tudo isso também é fiscalizado pelo INMETRO;
• Produtos têxteis e de moda: diferenças de tonalidade, tecido ou costura podem comprometer coleções inteiras;
• Equipamentos industriais: peças fora do padrão podem afetar a operação de fábricas, causando perdas financeiras significativas;
• Cosméticos e/ou corrrelatos: qualquer irregularidade pode colocar em risco a saúde dos consumidores finais. Tais itens também exigem análises rigorosas  e licenças da Anvisa no Brasil.

O papel estratégico da inspeção

Mais do que um procedimento técnico, a inspeção representa um investimento estratégico. Segundo Edliene Rocha, diretora da Evolut Trading, “o custo da verificação prévia é muito menor do que os prejuízos causados por produtos recusados na alfândega, processos de recall ou insatisfação de clientes”.

Edliene ainda compartilha um caso em que aplicou a Inspeção de Qualidade em embarques de clientes da Evolut Trading: “Em um caso de importação de maquinários, o investimento era alto e o cliente tinha normas muitos específicas a seguir. Fez a inspeção na fábrica e, também, no embarque acompanhando o lacre do container. Uma dupla segurança que garantiu o sucesso de tudo.

Desta forma, podemos concluir que a Inspeção de Qualidade não deve ser vista como um gasto adicional, mas sim como um seguro contra riscos e perdas irreparáveis.

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